sexta-feira, 29 de junho de 2012

Documentário 68 (1969)


Ora cá está algo deveras invulgar, com o título "Documentário 68" e a frase de promoção "Um retrato flagrante e vivo do ano de 1968!" primeiro julguei tratar-se de um documentário à venda em cassete, e depois lembrei-me que ainda faltava uns anitos para os leitores de VHS chegaram às casas dos comuns mortais: este "Documentário 68" era um compêndio de "mais de 150 páginas de legendas e fotografias", lançado pela Editorial 'O Século' ao preço de 20$00, para recordar os acontecimentos de 1968. Como diz no anúncio: "Um ano cheio - a exploração espacial, a morte de Kennedy, a invasão da Checoslováquia, a guerra do Vietname..e do Biafra..., O casamento de Jacqueline...". Se alguém ainda tem esta relíquia em casa, digam-se se incluía alguma coisa sobre o "Maio de 68", e greves, e assim... ou se se notava muito os traços do lápis azul.


Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Chefe...mas pouco (1984-1992)

por Paulo Neto

Os anos 80 marcaram um ponto de mudança na definição da identidade dos géneros no mundo ocidental. Mais que nunca, as mulheres aspiravam cada vez mais a uma carreira profissional de sucesso e cada vez menos a uma vida doméstica. Por outro lado, os homens deixavam de lado os complexos e iam interessando-se cada vez mais pelas lidas domésticas. A ilustrar de forma divertida mas edificante esta inversão no papel dos géneros, esteve a série que hoje recordamos: "Chefe...mas pouco" (Who's the boss, no original).



Angela Bower (Judith Light) é uma bem-sucedida executiva no mundo de publicidade, recém-divorciada, que vive numa aprazível casa no Connecticut com o seu filho Danny (Danny Pintauro) e a sua mãe Mona (Katherine Helmond). Sem tempo nem jeito para as tarefas domésticas, Angela decide contratar uma empregada interna para tomar conta da casa. Só que quem lhe bate à porta é Tony Micelli (Tony Danza).

Antiga estrela do basebol, Tony tem criado sozinho a sua filha Samantha (Alyssa Milano) desde que enviuvou. Para providenciar uma vida mais segura e confortável à filha, fora de Brooklyn, Tony candidata-se ao emprego. Após a surpresa inicial, os Bowers acolhem Tony e Samantha na sua casa e depressa criam com estes uma dinâmica semelhante à de uma verdadeira família. 



Angela, naturalmente introvertida e emocionalmente frágil apesar do seu sucesso, deixa-se cativar pelo espírito alegre e descontraído de Tony e entre os dois nasce uma amizade que evolui para uma atracção mútua que não se atrevem a explorar para não complicar as coisas. Tony torna-se também rapidamente amigo de Mona, que ao contrário da filha, é uma mulher extrovertida, espalhafatosa e com vida amorosa - e sexual - activa (uma personagem que bem podia fazer parte de "Sarilhos com elas", série que já abordei na Enciclopédia). E tal como Tony torna-se uma figura paternal para Danny, Mona e Angela providenciam a Samantha todo o apoio e aconselhamento feminino de que ela precisa. 
Aliás, ao longo de toda a série vemos Samantha passar de pré-adolescente a mulher feita. Alyssa Milano revelou que muitas vezes a realidade e a ficção quase se esbatiam: por exemplo, o seu primeiro beijo da vida dela foi também o primeiro beijo da personagem. Ao longo da série, enquanto encantava o resto do mundo no pequeno ecrã, Alyssa teve uma carreira musical de sucesso no Japão.

"Chefe...mas pouco" teve oito temporadas entre 1984 e 1992 (exibida em Portugal pela primeira vez em 1989). Na última temporada, Tony e Angela reconhecem finalmente que se apaixonaram, mas em vez de terminarem casados como é típico nas séries, as coisas não correm bem e decidem ficar apenas amigos. O próprio Tony Danza defendeu este rumo porque achava que contradizia o propósito essencial da série.
A série teve várias adaptações noutros países: Alemanha, Argentina, Colômbia, México, Polónia, Rússia e até uma adaptação indiana! Em Itália, o nome de Mona foi alterado para Moira porque em italiano, "mona" é um termo com conatação sexual.

À excepção de Danny Pintauro (que segundo consta, ganha a vida a vender Tupperwares), todos os actores principais prosseguem a carreira na televisão. Alyssa Milano conseguiu por fim fazer esquecer Samantha Micelli, ao encarnar Paige Halliwell em "Charmed". Nos anos mais recentes, vimos Judith Light em "Betty Feia" e Katherine Helmond em "Todos gostam do Raymond". Tony Danza teve o seu talk show entre 2004 e 2006 e continua a fazer várias participações especiais em séries.

O tema do genérico intitulava-se "Brand New Life", que ao longo da série, teve três intérpretes: Larry Weiss, Jonathan Wolff e Steve Wariner.


Gütermann - fio de seda (1969)

Fio de seda, para costurar à mão ou à máquina.

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Liame (1969)

"Mosaicos plásticos, pavimentos e revestimentos, alcatifas - carpetes."
"Plásticos decorativos e industriais. Decorações - Tapeçarias."
"Verdadeiras Maravilhas de sonho, seleccionadas em todas as fábricas do Mundo..."

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O Verão Azul (1981-1982)

por Paulo Neto

No início dos anos 80, uma série espanhola capturou habilmente toda a essência do Verão. A praia, as brincadeiras, as aventuras, os namoricos, os passeios. Mas também soube capturar os ventos de mudança que sopravam na Península Ibérica nessa altura bem como toda uma liberdade recém-adquirida, alterando mentalidades e questões sociais. Por isso, essa série tornou-se uma autêntica cápsula do tempo e o seu legado ainda hoje habita no imaginário da geração dos jovens protagonistas enquanto ainda consegue encantar novas gerações.


Obviamente que falo de "O Verão Azul" ("El Verano Azul"), provavelmente a mais famosa série ibérica a nível internacional. Os dezanove episódios foram filmados entre Agosto de 1979 e Dezembro de 1980, tendo sido exibida em Espanha pela primeira vez na TVE entre 1981 e 1982, curiosamente durante o Inverno. Mas desde então a série tem sido reposta no país vizinho em vários Verões seguintes, ao ponto de uma dos motivos pelos quais os petizes espanhóis ansiavam pelas férias grandes era voltarem a ver "O Verão Azul". Em Portugal, a série foi transmitida pela primeira vez na RTP no Verão de 1982 e foi reposta algumas vezes, sobretudo no programa "Agora Escolha", sendo que por cá optou-se por exibir cada episódio em duas partes.
Para a história ficou também o genérico com os protagonistas a andarem de bicicleta e a música com assobios, composta por Carmelo Bernaloa, que está gravado no disco rígido de todo o cidadão ibérico que era vivo nos anos 80.



A série girava à volta de um grupo de sete jovens de férias em Nerja (Málaga) e que vão vivendo muitas aventuras, enquanto também vão aprendendo várias lições de crescimento. São eles: Bea (Pilar Torres), a menina bonita do grupo; Desi (Cristina Torres), que tem pais separados e passa férias com a mãe e a tia; Javi (Juan José Artero), rapaz rebelde e orgulhoso que costuma entrar em conflito com o pai; Pancho (José Luis Fernandez), o  rapaz local, que é moço de entregas da mercearia dos tios; Manolito, mais conhecido como Piraña (Miguel Angel Valero), assim chamado por ser gordo e estar quase sempre a comer qualquer coisa; Tito (Miguel Joven), irmão de Bea e o mais pequeno do grupo; e Quique (Gerard Garrido) o melhor amigo de Javi e que era uma personagem algo vaga, comparado com todos os outros protagonistas. Ao longo do Verão, entre aventuras e desventuras e até algumas brigas, pois Pancho e Javi disputam Bea, os sete acabam por firmar uma forte amizade, que se estende a dois adultos: Julia (Maria Garralón) e Chanquete (Antonio Ferrandis).
Julia é uma pintora solitária que se torna uma espécie de tia porreira dos miúdos, com a sua mentalidade aberta e compreensão pelos problemas deles. Chanquete é um velho marinheiro, a quem o seu duro exterior esconde um bom coração e torna-se um avô adoptivo do grupo (e até dos espectadores!). Daí que a sua morte no penúltimo episódio seja uma dura lição de perda para os jovens e tenha feito chorar Espanha.


"O Verão Azul" foi também uma série inovadora ao abordar assuntos até então pouco abordados no panorama audiovisual ibérico como o divórcio, o conflito de gerações, o direito ao protesto, o meio ambiente, a especulação imobiliária e a liberdade da nova geração. Existe uma certa delineação metafórica das personagens, com os jovens a representarem a liberdade recém-conquistada e os pais deles a simbolizarem os valores antigos. Por exemplo, Javier (Manuel Gallardo), o pai da Javi, é um homem autoritário, que só pensa nos negócios e que reage mal à rebeldia do filho - pelo que os dois estão sempre em conflito - e acha que Julia não é uma boa influência para os garotos. Os pais de Tito e Bea, Carmen (Elisa Montés) e Agustín (Manuel Tejada) têm visões diferentes da paternidade: Carmen é mais conservadora e até nem gosta muito que Bea seja amiga de Desi só por esta ter os pais separados, Agustín é mais compreensivo com os jovens e costuma afirmar que os tempos são outros, se bem que quando é preciso, também saiba repreender, como quando a filha sai em segredo com um rapaz mais velho. No núcleo dos pais, recordo também os pais do Piraña, Naty (Ofelia Angelica) e Cosme (Manuel Brieva) que, como não podia deixar de ser, também eram tão gorduchos e divertidos como o filho.

Além de Espanha e Portugal, a série foi exibida em vários países, sendo a série ibérica mais importada de sempre. Outro país onde a série teve grande impacto foi na Bulgária. Existem várias histórias de encontros entre búlgaros e espanhóis em que o primeiro assunto a ser falado é "O Verão Azul". Para a geração de 70 e 80 desse país, foi a primeira vez que assuntos como o estilo de vida hippie foram exibidos na televisão. E quem tem o canal búlgaro BNT na televisão por cabo, já deve ter apanhado lá algum episódio da série, dobrada em búlgaro.

Como toda a miudagem da época, eu adorava a série. Lembro-me de brincar ao "Verão Azul" no quintal da minha avó, inventando que eu era mais um membro da pandilha, "Pablo Butragueño". Faço ideia a minha avó a ver-me a correr de um lado para o outro a falar portunhol...

Eu pensava que todos os jovens actores do "Verão Azul" tinham continuado o sucesso em adultos, mas isso só se aplicou a Juan José Artero que esteve vários anos na série "La Comisaria" onde conseguiu que o público espanhol deixasse um pouco de lado o Javi. Os outros, apesar de algumas tentativas, incluído na música (Pancho y Javi e Tito y Piraña), acabaram por seguir outros rumos. Pilar Torres e José Luis Fernandez chegaram a ter problemas com drogas, de que felizmente conseguiram recuperar. Pilar e Cristina Torres, que eram irmãs na vida real, são hoje enfermeiras; Miguel Joven é recepcionista de um hotel em Nerja e criou uma linha de merchandising da série; Miguel Angel Valero é professor na Universiade Politécnica de Madrid, onde é da praxe os seus alunos entrarem na aula a assobiarem o tema da série; Maria Garralón continua activa em televisão (vimo-la na série "Farmácia de Serviço", exibida na TVI nos anos 90) e  Antonio Ferrandis faleceu em 2000, mas a sua morte foi muito menos noticiada na imprensa que a do Chanquete.

Reunião do elenco em 2011

Em 2001, por ocasião dos 20 anos da série, o elenco reuniu-se para ser homenageado pela Câmara Municipal de Nerja. O já falecido Antonio Ferrandis e o criador da série, Antonio Mercero tiveram direito a nomes de ruas, tendo também sido inauguradas placas com os nomes das personagens e dos actores, um parque e um restaurante com o nome da série e uma réplica do La Dorada, o barco do Chanquete.

Em 2010, foi anunciado que iria ser rodado um remake da série passado na actualidade e o nome de Juan José Artero chegou a estar indicado para o papel do Javi em adulto. Mas até ao momento, o projecto ainda não saiu do papel.

Cromo sobre o "Verão Azul" na "Caderneta de Cromos"(cromo n.º 213, 5.5.2010): link YouTube
Cromo n.º 585 (25.3.2010), à conversa com Miguel Angel Valero, o Piraña do "Verão Azul": http://podcastmcr.clix.pt/rcomercial/cdc02_250311.mp3

domingo, 24 de junho de 2012

Postais - Portimão


Portimão (Edição Cómer - Ref. 1165)




Portimão (Edição Cómer -Ref. 705)

Postal - Olhão - Rua 18 Junho


Olhão - Vista parcial [perto da Rua 18 de Junho] (Postal 514)

Postal - Olhão - Siroco - Bairro dos Pescadores



Olhão - Siroco - Bairro dos Pescadores (Ref. 1223)

Postal - Olhão - Jardim Patrão Joaquim Lopes


Olhão - Jardim Patrão Joaquim Lopes (Postal 894)

Postais - Olhão


Olhão - Doca da Ria Formosa (Edição de José Castella de Sousa)

Olhão - Igreja Matriz (Edição de José Castella de Sousa)


Ambos os postais incluem mensagem de "Feliz Natal e um Ano Novo muito próspero".



sábado, 23 de junho de 2012

Miss Universo (1980-1989)

por Paulo Neto

Tal como o Festival da Canção e da Eurovisão, entre os pontos altos da saison televisiva na era croma estavam os concursos de misses. O país parava para ver a eleição da Miss Portugal, concurso organizado pelo jornal Correio da Manhã, e um meses mais tarde assistia à Miss Universo, na esperança que a representante portuguesa fosse chamada ao palco como uma das semifinalistas, o que nunca acontecia pois as candidatas portuguesas estavam longe da primeira divisão, onde países como os Estados Unidos, Venezuela, Porto Rico e, nos anos 90, a Índia eram as maiores potências e raramente falhavam a segunda ronda. Aliás foi só em 2011 que se ouviu "Portugal!" quando anunciaram os países das candidatas que avançavam à segunda ronda, graças a Laura Gonçalves.



Como não podia deixar de ser em plenos anos 80, as cerimónias de eleição da Miss Universo ilustravam magistralmente as modas da época: penteados estratosféricos que exigiam um sem-fim de latas de laca e com isso um substancial aumento do buraco do ozono; maquilhagem supercarregada, e vestidos cheios de enchumaços e laçarotes e de cores espampanantes.

Ao longo da década, o concurso seguia basicamente o mesmo alinhamento. Começava com uma paradas de todas as concorrentes, cada uma vestindo um traje tradicional do seu país. Elegiam-se as dez semifinalistas e sempre que cada uma das anunciadas descia para o centro do palco, a orquestra tocava um dos hits da época. Tomemos como exemplo estes vídeos de 1984:

(Repararam na Miss Turks & Caicos? Eu acho que ela deve ter ganho no seu país essencialmente devido à sua beleza interior...)

De seguida, as dez semifinalistas desfilavam em fato-de-banho e depois em vestido de noite. Havia também um filme onde víamos todas as candidatas num cenário de praia, envergando vários tipos de fatos de banho (de uma peça claro, biquinis só a partir dos anos 90). Seguidamente, elegia-se as cinco finalistas que teriam de responder a uma pergunta final. Por fim, coroavam-se as quatro damas de honor e a grande vencedora.

Na década de 80, estas foram consideradas as mulheres mais belas do planeta:


Em 1980, os Estados Unidos ganharam a sua quinta coroa, graças a Shawn Weatherly. Aos 21 anos, esta loira da Carolina do Sul venceu a concorrência. Mais tarde viria a enveredar por uma carreira de actriz dos quais os seus momentos mais famosos foi ter entrado em "Academia de Polícia 3: De volta aos treinos" e na primeira série de "Marés Vivas", na fase pré-Pamela Anderson. 



Vitória para a Venezuela em 1981, com a coroa a ir parar à cabeça de Irene Saez. Após uma curta carreira como modelo, Saez enveredou por uma bem-sucedida carreira na política. Foi eleita Presidente da Câmara de Chacao, um dos municípios de Caracas, notabilizando-se por ter conseguido diminuir substancialmente a criminalidade. Foi governadora do estado de Nueva Esparta e em 1998, foi candidata presidencial, já com Hugo Chavez com um dos adversários. Com a ascensão de Chavez no ano seguinte, Irene Saez mudou-se para os Estados Unidos. 


Karen Baldwin foi a primeira canadiana coroada Miss Universo em 1982, no Perú. Além de ter sido uma figura televisiva no seu país, entrou no filme "Who's That Girl" de Madonna como uma das damas de honor raptadas. Foi casada com o actor Jack Scalia e actualmente, é produtora de filmes em Hollywood. Entre os filmes que produziu contam-se "Sahara" com Matthew McCounaughey e Penelope Cruz e "Ray" que deu um Óscar a Jamie Foxx.


Em Nova Orleães, Lorraine Downes conseguiu o único triunfo até à data para a Nova Zelândia em 1983. Após o seu reinado, Downes viveu uma vida discreta dedicada à família e aos negócios em que investiu. Só voltaria à ribalta em 2006, quando ganhou a versão neozelandesa do "Dança Comigo". A 3.ª Dama de Honor, a suíça Lolita Morena, viria a apresentar o Festival da Eurovisão de 1989.  


Miami foi o cenário onde foi coroada a sueca Yvonne Ryding em 1984, futebolista amadora e estudante de enfermagem. Depois de uma breve carreira como modelo em Nova Iorque, regressou à Suécia e tem feito aparições esporádicas na televisão, como na versão sueca do "Dança Comigo". 



A vitória de Deborah Carthy-Deu, de Porto Rico, em 1985 foi surpreendente, uma vez que a grande favorita era a espanhola Teresa Sanchez, que foi 1.ª Dama de Honor. Deborah protagonizou um telenovela argentina e apresentou vários programa de televisão no seu país. Actualmente tem uma escola e agência de modelos em San Juan e em 2009, foi mãe pela primeira vez aos 43 anos. De referir ainda que a Miss Estados Unidos, Laura Herring, protagonizou com Naomi Watts o filme "Mulholland Drive" de David Lynch.


Depois do segundo lugar em 1985, Espanha teve uma meia-vitória no ano seguinte. Isto porque embora tenha ganho pela Venezuela em 1986, Barbara Palacios nasceu em Madrid e a sua mãe era espanhola. Barbara é uma bem-sucedida mulher de negócios na América Latina e pelo que vi de fotos recentes, está ainda mais deslumbrante. A primeira Dama de Honor foi a americana Christie Fichner, que para ganhar o título do seu país teve que superiorizar-se a uma tal de Halle Berry.


Cecilia Bolocco trouxe a única vitória para o Chile em 1987. Ficou famosa a sua reacção de espanto quando soube que tinha ganho. Cecilia tornou-se desde então uma figura proeminente da televisão na América Latina, como actriz, jornalista e apresentadora, e chegou a apresentar a eleição da Miss Universo 1993. Foi também casada com Carlos Meném, antigo presidente da Argentina.


Na ilha Formosa em 1988, o ano do Dragão, domínio esmagador das belezas asiáticas. Quatro das cinco primeiras classificadas eram do Oriente, com a vitória a ir para a Tailândia. Embora emigrada nos EUA desde tenra idade, Porntip Nakhirukanok trouxe a segunda coroa para a Tailândia. Na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Seul, ela desfilou com os atletas tailandeses. É actualmente casada com o magnata Herbert Simon, dono por exemplo, da equipa NBA dos Indiana Pacers e dirige uma organização de caridade que ajuda crianças carenciadas na Tailândia e que construiu casas para comunidades afectadas pelo tsunami de 2004.


A fechar a década, um triunfo para a Holanda em 1989. Angela Visser é considerada uma das mais bonitas Miss Universo de sempre. Angela fez participações especiais em séries como "Blossom", "Friends" e "Marés Vivas" e foi comentadora oficial da Miss Universo entre 1991 e 1994.

Futuramente, irei falar das Misses Universo dos anos 90.  



  

Astol (1969)

Emagrecer com um "banho de vapor superactivo" é o método proposto por este anúncio. Uma sauna caseira? Se alguém experimentou, deixe nos comentários os resultados.

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cláudio e Carolina

Carolina e Cláudio.
Ao ver os magníficos vídeos disponibilizados no YouTube, deparei-me com esta beleza, enterrada nas profundidades da memória: "Cláudio e Carolina":







Este episódio foi gravado aquando da exibição o RTP Memória.
A descrição do video, e do programa é a seguinte:

"Cláudio e Carolina é uma série de programas infantis com autoria de Isabel Andrea e realização de Manuel Pires, que pretende ensinar as crianças, enquanto as diverte.
Utilizando fantoches, o Cláudio, a Carolina e outros bonecos, as crianças vão poder aprender nesta série, a ver as cores pelos olhos do pintor João Vieira, a medir o tempo, a telecomandar um avião de brincar, a conhecer os instrumentos musicais, a conhecer os chapéus, a aprender coisas sobre o mar, a fazer bonecos de Natal e muito mais coisas.
Um programa com a colaboração do teatro de fantoches Lanterna Mágica."

A voz de Carolina era de Isabel Andrea e a de Cláudio era de António Gualdino. A direcção musical estava a cargo de Vera Quintanilha e ao longo dos 11 episódios passaram pessoas ligadas ao mundo das artes, do espectáculo e do desporto como Carlos Alberto Moniz e o futebolista Filipovic.

O excelente blog "Brinca e Brincando" tem mais informação: "Cláudio e Carolina"

Falava lá acima da memória. A minha memória é tão boa que nem me lembrei que já houve cromo desta série!



Duvido que muitos miúdos de hoje em dia tivessem pachorra para este tipo de diversão...
Alguns screenshots:



Fogão Inox-Presmalt (1969)

"Troque o seu fogão "modesto" pelo novo Inox Presmalt".
O reclame fala directamente à dona de casa:
"Minha Senhora:


A Presmalt acaba de lançar no mercado a última maravilha para cozinhas modernas:
Um em aço inóxidável, com vidro na porta do forno, que é o primeiro do tipo a ser vendido em Portugal.
Mais ainda, a Presmalt valoriza, no acto da compra, o seu fogão antigo. Dirija-se hoje mesmo a um dos estabelecimentos nossos representantes.
Dê à sua cozinha um presente sensacional: Inox-Presmalt."

Porque na foto acima a senhora agarra um pato pelo pescoço? Não sei, mas não deve ter acabado bem para o pato...

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pedra Sobre Pedra (1992)

por Paulo Neto

Depois de se ter feito a melhor telenovela de sempre ("Tieta", como afirmei aqui), o que criar a seguir? Uma outra grande telenovela, evidentemente! Foi certamente esse o pensamento dos autores de "Tieta", Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn e o realizador Paulo Ubiratan.



Estreada em Janeiro de 1992 no Brasil e em Setembro do mesmo ano em Portugal na RTP, "Pedra Sobre Pedra" é uma daquelas novelas ainda hoje recordadas com saudade pelos telespectadores de ambos os lados do Atlântico. Muitos dos ingredientes que fizeram o sucesso de "Tieta" também estão presentes: paixões proibidas, humor, intriga policial, mistério sobrenatural, crítica de costumes e vingança, e toda a magia bucólica do Nordeste brasileiro como pano de fundo.



Na cidade de Resplendor, outrora considerada a capital nacional dos diamantes, o poder é disputado há várias gerações por duas famílias rivais, os Pontes e os Batista. Os actuais líderes da contenda são Murilo Pontes (Lima Duarte) e Pilar Batista (Renata Sorrah). Murilo e Pilar estiveram noivos, mas quando Pilar desconfia que Murilo é o pai da filha da sua melhor amiga Eliane (que acaba por morrer no parto), diz não em pleno altar e acaba por casar com o rival Jerónimo Batista. Vinte e cinco anos mais tarde, Pilar e Murilo são inimigos viscerais, perpetuando o ódio e a guerra entre as duas famílias.
Murilo casou-se com Hilda (Eva Wilma) de quem teve um filho, Leonardo (Maurício Mattar). No casarão da família também vivem a sua irmã Gioconda (Heloísa Mafalda), beata pérfida, os sobrinhos Úrsula (Andrea Beltrão) e Ivonaldo (Marco Nannini), juntando-se mais tarde a mulher e a filha deste, Rosemary (Elizângela) e Daniela (Patrícia Furtado). 

Pilar (Renata Sorrah) e Murilo (Lima Duarte)

Leonardo (Maurício Mattar) e Marina (Adriana Esteves)


Pilar enviuvou de Jerónimo, de quem teve uma filha, Marina (Adriana Esteves) além de ter criado a filha de Eliane que recebeu o nome da mãe (Carla Marins). A restante família Batista só tem mais dois membros vivos: Carlão (Paulo Betti), o boémio cunhado de Pilar, dono do Grémio Recreativo que é um misto de salão de jogos e bordel local, co-gerido por Adamastor (Pedro Paulo Rangel), que teve sempre uma paixão secreta pelo sócio; e Dona Quirina (Miriam Pires), trisavó de Marina, dona de uma lucidez impressionante para os seus mais de cento e vinte anos.

Eliane (Carla Marins) e Cândido (Armando Bógus)


Decididos a continuar a contenda, Murilo e Pilar querem que a eleição para o novo prefeito da cidade seja disputada entre Leonardo e Marina. Só que estes, quais Romeu e Julieta, apaixonam-se, encontrando-se secretamente numa cabana enquanto fingem ser rivais por causa dos pais.
Cândido Alegria (Armando Bógus) também está interessado no poder de Resplendor (e em Pilar, por quem sempre nutriu uma paixão). Dono da estalagem local, enriqueceu ao matar o seu sócio português e fará tudo para se aproveitar da rivalidade das famílias para conseguir os seus intentos. Para isso, conta com a ajuda de Eliane, sem saberem que afinal são pai e filha. 

Suzana, Francisquinha, Jorge Tadeu,
Rosemary, Ximena e Úrsula


Mas outro ponto importante da trama é aquele que envolve Jorge Tadeu (Fábio Jr.). Fotógrafo charmoso e sedutor, acaba por seduzir várias mulheres casadas da cidade como Úrsula, Rosemary, Ximena (Nívea Maria), a mulher do dentista Kléber (Cecil Thiré), o prefeito cessante, e a sensual e ingénua Suzana (Isadora Ribeiro), cujo marido sobrevive em estado vegetativo ("vegetando que nem quiabo!"). A cada uma dessas mulheres ele atribui o nome de uma fruta tropical. Só que essa faceta de conquistador serve sobretudo para Jorge Tadeu conseguir executar a sua verdadeira missão sem levantar suspeitas: foi contratado por Pilar para descobrir um novo filão de diamantes. Jorge Tadeu acaba por ser assassinado e após a sua morte, nasce na cidade uma árvore que permite a quem comer as flores que ele apareça de novo. 

Yago, Vida e Tibor

Outras personagens marcantes de Pedra Sobre Pedra: Francisquinha (Arlete Salles), a maior força da autoridade da cidade, se bem que não seja oficialmente a delegada (pois, como ela repete constantemente, "Delegado é o meu marido!"); Queiroz (Nelson Xavier), o marido desta, que tem uma amante e um filho ilegítimo; Sérgio Cabeleira (Osmar Prado), que sofre estranhas alterações em noite de Lua Cheia; a prostituta Alva (Lília Cabral), astuta e ambiciosa; Sete Estrelas (Raymundo de Souza), cúmplice de Cândido Alegria e interessado em Suzana; e os ciganos Iago (Humberto Martins), Vida (Luiza Thomé) e Tibor (Eduardo Moscovis) que se envolvem respectivamente com Eliane, Carlão e Daniela. 

Inês (Suzana Borges) e Ernesto (Carlos Daniel)

Ao elenco da novela, juntou-se mais tarde dois actores portugueses, Suzana Borges e o falecido Carlos Daniel, que fizeram de Inês e Ernesto Soares, os descendentes do sócio de Cândido Alegria, que aparecem em Resplendor para investigar o que aconteceu ao tio-avô, que desconfiam ter sido assassinado e para reclamar as terras de que são herdeiros. Após um período inicial onde os dois sentem as habituais discrepâncias (sobretudo linguísticas) entre portugueses e brasileiros, os dois irmãos acabam por se integrar na cidade. Inês fica interessada em Leonardo e Ernesto apaixona-se pela prostituta Lola (Tânia Alves), sem saber que é a menina regular de Murilo Pontes no Grémio. A RTP foi co-produtora da telenovela, financiando 20% da produção.



Com mais uma história cativante e excelentes interpretações do elenco, "Pedra Sobre Pedra" foi mais um triunfo da Rede Globo e vinte anos depois, ainda é bastante recordada. Foi a última telenovela de Armando Bógus, que viria a falecer no ano seguinte e a primeira telenovela de actores como Eduardo Moscovis, Carla Marins e Daniela Faria, que veio a Portugal em 2002 para o "Big Brother Famosos" e que por cá vive desde então.

De referir ainda que durante a estreia da telenovela em Portugal, a RTP atribuía vários prémios: a cada intervalo, Eládio Clímaco fazia perguntas sobre a telenovela a serem respondidas em linhas de valor acrescentado. Durante os sorteios, Eládio estava acompanhado de Maria Arlene, a primeira esposa de José  Castelo Branco e assistente do concurso "Arca de Noé". Foi a primeira grande estratégia da RTP de concorrência televisiva, pois a SIC tinha estreado nessa altura.  



Chamada de elenco:







Junex - Enceradoras e Aspiradores (1969)

Junex - Enceradoras e Aspiradores. Destaca a novidade do modelo "Super Plate".

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Terylene - Vestuário (1969)



Mais um anúncio da marca "Terylene", desta vez a roupa feito desse material sintético. E como o reclame define as mulheres que vestem Terylene? Assim:
"As outras mulheres falam desta mulher. Umas dizem-na sensacional. Outras invejam-na. Os homens sentem, imediatamente que ela é diferente. Ama o que é belo, novo e requintado - para si, para os seus, para a sua casa!"
Mas os elogios não ficam por ai:
"Adora viagens, jóias autênticas, o requinte dos modelos de Coco Chanel.
E, naturalmetne, vestidos de 'Terylene': imensas cores e padrões novos!
Blusas de 'Terylene': leves tão fáceis de cuidar!
Para a sua casa, os lencóis de 'Terylene': tão du(?).
Para os seus filhos, escolhe, em 'Terylene', calções resistentes, vestidos maravilhosos!"

Interessante a ilustração, uma colagem de fotos e desenhos, com a mulher de pé no centro da página, "invejada por todas (...admirada por todos)".
"A mulher que veste Terylene marca o rumo".

Este anúncio foi analisado por Nuno Markl na Caderneta de Cromos:
"Caderneta de Cromos 1089 - Terylene [Ouvir/Download Podcast]"]

Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Embroydine Fluid (1969)

"A Beleza nasce, a Formosura faz-se em qualquer idade!" Um elixir da juventude? Não, é um reclame ao "Embroydine Fluid", um fluido (obviamente), do "Dr. Rosenthal, que transforma um rosto cansado num rosto juvenil e um rosto macilento num rosto formoso. As mães inteligentes sabem que Embryodine é indispensável a suas filhas adolescentes". E rimava e tudo! Existia em 3 fórmulas diferentes: A, B e Triplex.
Pelo nome, "Embryodine", até tenho medo de saber o conteúdo!
O site "Vintage Ads" tem um anúncio de 1947, de Embryodine para rejuvenescer os cabelos: "Embryodine - 1947". Da mesma marca, "Biocreme Policálcio Embryodine" ou "Embryodine Dental" no blog "Ilustração Portuguesa".



Anúncio retirado da revista "Modas e Bordados - Vida Feminina" nº 2992, de 11/06/1969.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Já Tocou! (1989-1993)

por Paulo Neto

Na primeira metade dos anos 90, surgiu na televisão nacional uma trilogia de séries juvenis americanas que fez o maior furor junto da população adolescente. Era quase o equivalente high school da trilogia da "Guerra das Estrelas". Na RTP, havia "Beverly Hills 90210" (que inicialmente chegou a ter título português de "Febre em Beverly Hills"). E na recém-criada TVI, "Parker Lewis Can't Lose" e "Já Tocou!".




"Saved by the bell" no original, a série foi reciclada de uma anterior série, "Good morning, Miss Bliss", que fora cancelada após alguns episódios. No entanto, o projecto foi renovado, mantendo alguns dos actores e alterando a localização de Indiana para Los Angeles. E em 1989, "Já Tocou" estreava nos Estados Unidos e logo cativou o público com o seu humor, personagens carismáticas e a forma como abordava certos problemas adolescentes como o bullying, drogas, álcool, divórcio e relações amorosas. Nesse aspecto foi uma série precursora de outras como o "Príncipe de Bel-Air" ou "Dawson's Creek" na forma como apresentava questões sociais e morais às audiências mais jovens. Em Portugal, a série foi estreada no advento da TVI em 1993, com várias repetições nos anos seguintes. 

A série seguia a vida de seis adolescentes e todas as peripécias e sarilhos ao longo dos seus anos de liceu, onde normalmente o director da escola tem que intervir. As desventuras são mais que muitas, mas por entre todos as situações, acabam por se tornar um grupo de amigos bastante unidos.





Zack Morris (Mark-Paul Goesslaar) é o líder do grupo. Confiante e espertalhão, tem sempre um plano mirabolante para atingir os seus objectivos, seja passar num exame ou conquistar a bela Kelly Kapowski. Embora se comporte frequentemente de forma manipuladora e egocêntrica, no fundo até tem bom coração e na hora do aperto, faz tudo pelos amigos. Com o evoluir da série e do namoro com Kelly, Zack vai-se tornado mais maduro e responsável. Zack costumava dirigir-se aos espectadores, para introduzir o episódio ou dar a sua opinião, chegando para tal a dizer "Time out!" e tudo à volta dele parava enquanto ele falava para a câmara, como uma espécie de superpoder.




Samuel Powers (Dustin Diamond), Screech para os amigos, é o típico nerd, desastrado mas inteligente. Aliás, ele até construiu o seu próprio robot, Kevin. Screech é o comparsa preferido de Zack para os seus esquemas, e quase sempre que fazia a pior figura quando as coisas corriam mal. Screech é também completamente apaixonado por Lisa, apesar da constante rejeição dela. 





Kelly Kapowski (Tiffani-Amber Thiessen) é a típica menina bonita do liceu: a cheerleader popular e apenas aparentemente fútil. Inicialmente é disputada por Slater e Zack, acabando por namorar com este. À medida que a série avançou, Kelly revela-se a mais generosa e leal do grupo de amigos, sendo particularmente protectora de Screech.




A.C. Slater (Mario Lopez) é o desportista, sendo a estrela da escola na luta livre e no futebol americano. Com a sua aura de durão, começa por ser inimigo de Zack e seu rival na disputa por Kelly Kapowski. Eventualmente, os dois tornam-se amigos e as atenções de Slater voltam-se para Jessie. 





Lisa Turtle (Lark Voorhies) é a rapariga mais fashion da escola. Está sempre mais preocupada com o que vai vestir do que com os trabalhos de casa. Está sempre a lutar contra os avanços amorosos de Screech por causa da sua reputação mas no fundo até o valoriza como amigo.





Jessie Spano (Elizabeth Berkeley) é estudiosa, esforçada e inteligente, com fortes opiniões liberais, ecológicas e feministas que faz com que seja a primeira a falar diante de alguma injustiça. Mas também é insegura quanto à sua altura e por vezes deixa-se levar pelos nervos (chega a ser dependente de cafeína). É amiga de infância de Zack, embora não goste dos esquemas dele, e costumam ir ter ao quarto um do outro trepando às árvores. E num caso de extremos opostos, Jessie dá por si atraída por Slater apesar de muitas vezes entrarem em divergência.





Richard Belding (Dennis Haskins) é o director da escola. Normalmente é o alvo principal das partidas de Zack. Mas também por vezes age como uma figura paternal do grupo, com a sua atitude austera mas justa. Com o evoluir da série, ele e Zack acabam por nutrir um sentimento mútuo de respeito e admiração, ao ponto de Belding dar o nome de Zack ao seu filho. Vem-se a descobrir que em adolescente era um hippie anti-autoridade.





De referir mais três personagens recorrentes: Max (Ed Alonzo) dono do café do mesmo nome onde o grupo  costuma-se reunir, sempre com um truque de magia na manga; Violet Bickerstaff (Tori Spelling pré-90210), uma nerd que chega a namorar com Screech; e Tori Scott (Leanna Creel), a miúda rebelde que vive um relação de atracção-repulsa com Zack e ilustrou uma falha na continuidade da série.
Isto porque após os episódios da última série terem sido filmados, a cadeia de televisão exigiu mais episódios para essa época. Como Tiffani Thiessen e Elizabeth Berkeley não renovaram  o contrato, esses episódios adicionais foram filmados com o restante elenco e com Leanna Creel desempenhando essa nova personagem protagonista. Nos Estados Unidos, a última temporada foi exibida alternando os primeiros e os novos episódios, o que significava que num episódio entravam Kelly e Jessie e no seguinte aparecia Tori, e assim sucessivamente sem nenhuma explicação para ausência das personagens. Porém, noutros países como Portugal, optou-se por exibir primeiro os episódios com Kelly e Jessie  e depois os episódios com Tori.

Chegou a haver uma série spin-off, também exibida na TVI, com Zack, Screech, Slater e Kelly na Universidade ("Já tocou na Faculdade"), mas que só durou uma temporada. Também foram feitos dois telefilmes especiais, um onde o grupo passa férias no Havai e outro em que Zack e Kelly casam-se em Las Vegas. Uma segunda fase da série foi exibida entre em 1994 e 2000, com Dennis Haskins e Dustin Diamond a reprisarem os seus papéis e vários actores dando a vida aos novos alunos, mas sem conseguir recuperar o carisma das personagens iniciais. Entre os actores da nova fase, a mais conhecida é Sarah Lancaster ("Os Amigos de Brian", "Chuck").

O que fizeram depois os seis magníficos e onde andam agora? Em 1997, Elizabeth Berkeley escandalizou meio mundo   com o seu papel em "Showgirls". Tem feito várias participações especiais em séries de televisão e espera presentemente o seu primeiro filho. Mario Lopez continua activo na representação ("Nip/Tuck", "Glee") mas hoje em dia é mais conhecido como apresentador, nomeadamente em "America's Best Dance Crew". Lark Voorhies tem aparecido em telenovelas e filmes independentes e fez dobragens para "Robot Chicken". Tiffani Thiessen entrou em "90210", rodou um filme com Woody Allen e entra actualmente em "Apanha-me se puderes". Mark-Paul Goesslaar continuou a brilhar na televisão: "Senhora Presidente", "Na Barra dos Tribunais" e actualmente vemo-lo em "Frankin & Bash". Por seu turno, Dustin Diamond tem entrado em diversos reality shows... e fez um filme pornográfico! 


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...