segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Família Robinson (1981)

por Paulo Neto

Eis uma das minhas séries animadas preferidas da minha infância, que dava aos sábados de manhã no mítico espaço infanto-juvenil "Juventude e Família", conduzido pelo Lecas. Produzida em 1981 por Yoshio Kuroda, "A Família Robinson" foi exibida em Portugal em 1988 e tratava-se de uma adaptação livro do clássico de literatura de aventuras "Swiss Robinson Family" de Johann David Wyss (1812). A principal diferença entre a série e a obra era a protagonista da série, Flora, inexistente no livro. No livro, a família tinha quatro filhos (todos rapazes) e na série, eram três. Era pelo ponto de vista de Flora e a sua narração em voz-off que acompanhávamos as aventuras da sua família algures numa ilha deserta do Pacífico.  


A família Robinson, composta pelo pai o Dr. Ernesto, a mãe Ana e os filhos Francisco, Flora e Jaime vive em Berna, a capital da Suíça. Um dia, Ernesto decide responder ao apelo de um amigo australiano que lhe fala da falta de médicos naquele país e mudar-se com a família para a Austrália. Enquanto Flora fica bastante entusiasmada com a vida num lugar do mundo bem diferente, Francisco, que sonha ser compositor,  preferia ficar na Suíça e só no último momento é que decide acompanhar a família.


Durante a viagem, o navio onde a família segue é assolado por um grande temporal e os Robinson vêem-se sozinhos à deriva, uma vez que os outros passageiros foram arrastados pelas ondas ou partiram nos barcos salva-vidas. Quando a tempestade acalma, descobrem que estão perto de uma ilha deserta e constroem uma jangada para lá chegarem. 
Durante mais de um ano, a família vai aprendendo a viver sozinha no meio da natureza selvagem, vivendo aventuras e enfrentando alguns perigos, como uns lobos de ar muito assustador que volta e meia atormentavam os Robinson. Ernesto aproveita para ensinar os seus conhecimentos aos filhos, Ana continua a exercer o seu típico papel de esposa e mãe prendada (embora se assuste muito com os animais da ilha), Francisco transforma-se de rapaz tímido a homem maduro e corajoso e Flora e Jaime vão descobrindo com entusiasmo tudo o que a ilha tem para lhes oferecer. Um exótico mas ternurento bichinho a quem Flora dá o nome de Mecre (de "mecredi", quarta-feira em francês, o dia da semana em que o encontra) torna-se a mascote da família.





Com o avançar da série, os Robinson descobrem que não estão sozinhos na ilha, pois lá também vivem o irascível Capitão Morton e Tom Tom, um rapaz aborígene. Apesar de gostarem de viver na ilha, a família apercebe-se que não é um lugar seguro devido à sua actividade vulcânica e que o lugar deles é na civilização, e com a ajuda do Capitão, planeiam uma viagem rumo à Austrália.
  

Lembro-me de ter acompanhado esta série, que me ficou na memória apesar de nunca ter sido reposta (acho eu). Eu adorava a Flora e o seu espírito alegre e temerário e como era novo demais para me lembrar do "Marco", o Mecre para mim era mais mítico que o macaquinho Amédio. A série teve também uma caderneta de cromos (distribuída pelo grupo Impala). A excelente dobragem portuguesa contava com nomes como Cristina Carvalhal, Carmen Santos, Francisco Pestana, Luísa Salgueiro, Teresa Sobral, João Lourenço e Canto e Castro.

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